Abrepaz, primeiro ano.
Com alegria completamos o primeiro ano da AbrePaz!
Cientes que foi um ano difícil, duro, surreal.
Se por um lado parece que retrocedemos com a perda de direitos, a volta da censura, o crescente discurso de ódio, de intolerância e belicista; e mais: o ataque à cultura, à ciência, à filosofia, ao Estado Laico, à Democracia e ao Estado de Direito, à liberdade de expressão, à imprensa, ao ensino público, aos trabalhadores, aos estudantes, ao meio ambiente, aos povos originários. Sim, retrocedemos mesmo!
Por outro lado, pudemos conhecer e reunir tantos companheiros de todo o Brasil para juntos nos fortalecermos, resistirmos, e construirmos novos caminhos de reflexão e ação. Nossa visão: que os espíritas, cidadãos conscientes de seu papel na sociedade, compreendam, defendam e promovam os Direitos Humanos e a Cultura de Paz por meio da não-violência. Essa reunião espontânea de companheiros valorosos trouxe bom ânimo, alegria, compreensão e disposição para o trabalho que mais fortemente se apresenta, qual seja, construir um caminho de paz e que atenda às necessidades de todos, promovendo a dignidade de cada ser.
Mas o pacifismo não significa passividade nem silêncio diante das velhas estruturas, cujas engrenagens são azeitadas pelo orgulho e egoísmo. Renovar é preciso! O indivíduo e a sociedade.
Então assim procuramos proceder, temperando serenidade, paciência, indignação e ação.
Eis o relato do primeiro ano da Abrepaz:
Fundada em 10/12/2018, data em que se comemoraram os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (Carta da ONU).
Elaborou seu manifesto de fundação disponível para assinatura.
Criou os canais de divulgação: site na internet (abrepaz.org), perfil no Instagram, página no Facebook, Twitter e dois grupos no Whatsapp (de estudos e de bate papo).
Assinou manifestos em conjunto com outras organizações espíritas, tais como Associação Brasileira de Pedagogia Espírita (ABPE), Associação Espírita de Pesquisas em Ciências Humanas e Sociais (AEPHUS), Coletivo de Espíritas pelos Direitos Humanos, Coletivo de Estudos Espiritismo e Justiça Social (CEJUS) e Coletivo Girassóis: Espíritas pelo Bem Comum.
Participou da manifestação “Ato Interreligioso Fé e Gratidão” em memória da ativista Sabrina Bittencourt e solidariedade às vítimas de líderes religiosos.
Participou da manifestação em “Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes” em Abadiânia.
Participou do “4° Encontro da Rede Nacional de Mães e Familiares de Vítimas do Terrorismo do Estado”.
Participou da manifestação em favor da imprensa livre, liberdade de opinião e em defesa do jornalista Glenn Greenwald.
Participou da passeata LGBT em Goiânia.
Esteve presente na manifestação de 6 meses do crime ambiental e humano de Brumadinho.
Participou da manifestação a favor da Educação, Pesquisa e Ensino público.
Participou da mesa redonda Ciência e Espiritualidade no “III Fórum Nacional - Escola de Educação Básica Para Todos” na Universidade Federal de Goiás.
Emitiu notas públicas sobre:
- o caso João de Abadiânia;
- a política de facilitar e ampliar a posse de armas;
- a política de Saúde Mental, em defesa do tratamento digno;
- o militarismo e intervencionismo na questão da Venezuela;
- as políticas públicas do governo federal (necropolítica);
- a defesa de um julgamento imparcial ao ex-presidente Lula.
Realizou juntamente com a AEPHUS o Fórum de Pesquisa Filosófica e Social sobre o Espiritismo, na UFG.
Participou de entrevistas para canais de TV e Youtube.
Escreveu artigos para outros periódicos (Jornal Crítica Espírita e Carta Capital).
Hospedou artigos de associados no seu site.
Realizou palestras em instituições espíritas e não espíritas.
Reuniu com pessoas, dentro e fora do movimento espírita, para trocas de experiência e articulações em favor dos direitos humanos.
E o que esperar em 2020?
Iniciaremos, entre outras ações, os Diálogos AbrePaz, encontros que promovam reflexões com a sociedade e o movimento espírita sobre a importância do reconhecimento e promoção da dignidade humana com base principalmente na Declaração Universal dos Direitos Humanos, do Manifesto 2000 Unesco por uma Cultura de Paz e Não Violência, e nas Leis Morais apresentadas em O Livro dos Espíritos de Allan Kardec.
É importante celebrar cada passo dado,
cada realização,
cada esforço,
cada um que chegou!
A alegria é uma forma de resistir e inspirar.
Gratos por todos que participaram e participam da AbrePaz!
Que venham muitos anos!
Brasil, 07 de dezembro de 2019
Associação Brasileira Espírita de Direitos Humanos e Cultura de Paz - AbrePaz
Diretoria Executiva
Comentários