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AbrePaz

Nota Pública 004/2019 - Políticas públicas

Sobre as políticas públicas antissociais do governo federal.


Repúdio ao desmonte generalizado das políticas públicas nacionais.


Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!

Mateus 18:7


A AbrePaz vem, por meio do presente texto, repudiar as políticas até o momento propostas pelo novo governo federal, tais como: desvalorização e cortes na educação, reforma previdenciária que prejudica os trabalhadores, alteração na legislação de posse e porte de armas que estimula a violência, desmonte da política ambientalista, etc, sobretudo por reconhecer que o mesmo, ainda que seja fruto de processo democrático eleitoral, traz consigo as mesmas plataformas ideológicas, que não apenas inspiraram, mas que, de forma contundente e violenta, douraram e adornaram o golpe de 2016 contra as instituições democráticas do pais. Tal ação - apresentando terrível trama em torno do desmonte generalizado que se desencadeia no atual momento, cujos princípios enfocam rasgar/perseguir/banir/abolir os principais fundamentos e direitos do contrato social brasileiro, a que denominamos como Carta Constitucional -, se nos chega como o maior e mais intemperado ataque à liberdade civil de nossa história.


A AbrePaz não acredita na violência como pressuposto e razão para mudanças da consciência humana, pois toma como princípio fundamental a Não-violência, ensinada por Jesus ao dizer que não devemos resistir ao mal com o mal, à violência com a violência.


Pensar desse modo, entretanto, não significa silenciar-se diante dos descalabros propostos pelos atores sociais da política que tomam a violência como fonte única de abastecimento ao atendimento de suas necessidades. Simplesmente entendemos que a violência não partirá de nós. Parafraseando Jesus, “Ai do mundo, por causa da violência; porque é mister que venham a violência, mas ai daquele homem por quem a violência vier!” Portanto, com base nos argumentos acima e por todas as variadas evidências que se fazem diuturnamente pelos meios de comunicação nacionais e estrangeiros, afirmamos ser a chapa eleita e os auxiliares por eles escolhidos como uma organização indigna de governar o Brasil!


Imperativo, pois, no presente momento, assumir uma posição a favor da justiça social, das garantias e liberdades, da solidariedade, dos direitos e deveres que formam o arcabouço que entendemos por civilização: um posicionamento progressista!


Sim, progressista! E assim o dizemos, porque acreditamos na transformação e refinamento contínuo e evolutivo, tanto em torno da multiculturalidade, quanto no processo de sublimação do espirito humano imortal, por seu aspecto individual.


Então, diante do exposto dizemos NÃO às propostas antissociais até agora apresentadas tanto pelo Governo Federal quanto pelos Estados e Municípios séquitos a ele, porque são frutos de desmandos, de violência e não atendem às nossas necessidades.


Apoiamos e reiteramos todos os movimentos sociais que se conclamam adjuntos à nossa causa - direitos humanos, cultura de paz e não-violência, e que conectados a eles nos reconhecemos como semelhantes. Apoiamos os movimentos religiosos progressistas e humanitários que se preocupam com o bem-estar social! Dentre eles citamos particularmente AEPHUS (Associação Espírita de Pesquisas em Ciências Humanas e Sociais) e CEJUS (Coletivo de Estudos Espiritismo e Justiça Social) por se colocarem e se posicionarem na esteira de um discurso consistente e sério entre a Ciência e Espiritismo sob as abordagens filosófica e social, contribuindo para o desenvolvimento de análises críticas das políticas públicas, políticas estas que afetam a todos nós, espíritas ou não, cidadãos brasileiros.


Brasil, 13 de maio de 2019


Associação Brasileira Espírita de Direitos Humanos e Cultura de Paz - AbrePaz

Diretoria Executiva

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